BLOG DE FICÇÃO, EXERCÍCIO LITERÁRIO E ALGUMAS VERDADES.
Acredite nas mentiras; desconfie das verdades.
Ah, o espaço para delírios é mais embaixo. Mais embaixo, sempre, né?
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quarta-feira, dezembro 27, 2006
O pior de uma dor é não saber o que fazer dela Não é a dor que dói. É o que nela mora sem outro lugar para ficar. Algo que nem se sabe o que é, mas que insiste em ser dentro de você... Não sabemos onde pôr a dor, nem onde ela nos porá.
A dor, nós a causamos. Trouxemos nosso ser até esse momento em que doemos.
E que doa para o bem, como pede a religião, E que doa para nunca mais, como talvez se devesse pedir. E como peço quase aflita, me dando conta de que outra dor virá; E que nunca se aprende a doer; E que é sempre uma nova dor.
Se eu dôo agora, pelo menos sei que até então o que vivia não era dor. Talvez fosse até felicidade...
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RXPTO ? um código secreto de mim ainda não desvendado. Essa que sou eu, sem saber como ser o ser que sou. Que se é sem ser, sendo do jeito que soube saber. Saber saber. Temos que aprender o saber. Aprender a saber Apreender o saber.
Ao menos me percebo em mim.
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E vou doendo como quem finge fazer poesia Falando comigo o que insisto em ouvir nesse silêncio Silêncio que me dá até uma paz de que nada disso existe Nem a tal da dor
E agora respiro feliz Me sentindo dizer Me encontrando em mim Encontrando em mim O lugar certo de se colocar a dor
E ela já se foi. Descansa sem nome no banco das próximas poesias
De que jeito nem sei
Não se precisa entender nada Basta viver
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(Outro que doía sem sentir disse isso: "Meditação não é o que você pensa".)
Assim se acha o que é Onde vive o que se esconde de tão vívido que é Está no todo Impregna o todo do que ele é Ele, o que supera o todo. O último O maior O que mede o maior.
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Eu dôo bonito.
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Hora de dar a descarga: CHRRRRRRUMMMMM posted by me 27.12.06